domingo, 11 de julho de 2010

QUÍMICA DO AMOR!

     Você já ouviu a frase: Rolou uma química entre nós?! Será que existe mesmo uma explicação científica para o amor?
     Quando uma pessoa está amando ela se torna mais gentil, alegre, adquire um ar sonhador e vive rindo à toa. O problema é que se o amor não for bem administrado, ele pode levar a pessoa a atitudes "quase" ridículas. É justamente isso que tem feito muita gente resistir aos seus encantos.
     O sentimento não afeta só o nosso ego de forma figurada, mas está presente de forma mais concreta, produz reações visíveis em nosso corpo inteiro. Se não fosse assim como explicar as mãos suando, coração acelerado, respiração pesada, olhar perdido (tipo "peixe morto"), o ficar rubro quando se está perto do ser amado?
     Afinal o amor não tem nada a ver com Química, certo? Errado! O AMOR É QUÍMICA! Todos os sintomas descritos acima são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias estão a feniletilamina, a epinefrina (adrenalina), a norepinefrina (noradrenalina), a dopamina, a oxitocina, a serotonina e as endorfinas. Achou que são muitos nomes? Mas sem eles você não se apaixonaria.
     A dopamina produz a sensação de felicidade, a adrenalina causa a aceleração do coração e a excitação. A noradrenalina é o hormônio responsável pelo desejo sexual entre um casal, nesse estágio é que se diz que existe uma verdadeira química, pois os corpos se misturam como elementos em uma reação química.
     Mas acontece que essa sensação pode não durar muito tempo, neste ponto os casais têm a impressão que o amor esfriou. Com o passar do tempo o organismo vai se acostumando e adquirindo resistência, passa a necessitar de doses cada vez maiores de substâncias químicas para provocar as mesmas sensações do início. É aí que entra os hormônios ocitocina (produzido na hipófise - uma glândula do cérebro, cujas funções principais são: sensibilizar os nervos e simular contrações musculares e levar os indivíduos ao clímax no ato sexual. Além disso, esse hormônio estimula as contrações uterinas da mulher durante parto, leva a liberação de leite e parece que induz as mães a acariciarem e cheirarem seus bebês) e vasopressina, são eles os responsáveis pela atração que evolui para uma relação calma, duradoura e segura, afinal, o amor é eterno!
    
     Estruturas químicas de algumas substâncias citadas no texto:
 
Texto adaptado do livro: Química Integral - Martha Reis - Editora FTP - 1993
Postado por Cristiane de Castro Laranjeira Rocha - Mestra em Química Orgânica e Biotecnologia